tag:blogger.com,1999:blog-284645032024-03-07T19:04:50.464-03:00Pontos de partidaFernando Molicahttp://www.blogger.com/profile/00809284822671189498noreply@blogger.comBlogger96125tag:blogger.com,1999:blog-28464503.post-54841470207406783552008-03-27T13:50:00.005-03:002008-04-19T14:26:40.204-03:00Bom dia para mudarCaríssimas, caríssimos.<br />Foi um prazer recebê-los. Mas agora estou de casa nova. Apareçam por lá: além do blog, há um site sobre meus livros.<br />O arquivo do blog antigo continuará por aqui.<br /><br />Abraços,<br /><br />Molica<br /><br />O novo endereço é <span style="FONT-WEIGHT: bold"><a href="http://www.fernandomolica.com.br/">http://www.fernandomolica.com.br/</a></span>Fernando Molicahttp://www.blogger.com/profile/00809284822671189498noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-28464503.post-7818027455039217272008-03-27T13:48:00.002-03:002008-12-11T08:56:01.145-02:00Lançamento: "O ponto da partida" - 16/4, livraria DaConde<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgviIbrRrejRvzKpHpHTUp8tkIH4vxKuAj14JLbNTb5kSOKP9jEnovB4oRctR2qXgO74yXfTW6iQRMxCrgXQSYDrf5ynWPg6p98AHYjjrvc3JSurx4dKwsn4RZ0hxHpG2MR0VXv_A/s1600-h/teaser.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5182464740666973666" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgviIbrRrejRvzKpHpHTUp8tkIH4vxKuAj14JLbNTb5kSOKP9jEnovB4oRctR2qXgO74yXfTW6iQRMxCrgXQSYDrf5ynWPg6p98AHYjjrvc3JSurx4dKwsn4RZ0hxHpG2MR0VXv_A/s400/teaser.jpg" border="0" /></a><br /><p> </p><p> </p>Fernando Molicahttp://www.blogger.com/profile/00809284822671189498noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-28464503.post-26787093917375600042008-03-26T09:31:00.003-03:002008-12-11T08:56:01.294-02:00Capa<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMaoJzT9rSH1gwfyrvQEoQGTzd_Wn74NnFzPW-UaDadwFC4GOOe_xnJEk59luad9bjkwilAeKizGkKGxYNQGExpzT01LGV67vSEEQBUAyGpnXZSc_rye5bAwCKfgsnW-k3-LLhiw/s1600-h/CapaAlta.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMaoJzT9rSH1gwfyrvQEoQGTzd_Wn74NnFzPW-UaDadwFC4GOOe_xnJEk59luad9bjkwilAeKizGkKGxYNQGExpzT01LGV67vSEEQBUAyGpnXZSc_rye5bAwCKfgsnW-k3-LLhiw/s320/CapaAlta.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5182030867365699026" /></a><br /><br />Não resisto: aí vai a capa do meu novo livro, "O ponto da partida". A capa é da ótima Mariana Newlands. O livro começará a ser distribuído no início de abril: o lançamento será no próximo dia 16, na Livraria DaConde, no Leblon.Fernando Molicahttp://www.blogger.com/profile/00809284822671189498noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-28464503.post-91153991369223991412008-03-24T10:22:00.004-03:002008-12-11T08:56:01.551-02:00Vá lá<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg6bIAoAtwQn4E1p0vDhcURvyg7_ig_2CDxXU6ZdDzznFYlS1kA-VrbH-zTfIrkp66tOupIrBVjgl9Vk72NqtSS4Hcchba3ppMgWaFxERUIaZtDffYxlNZa10r8imqkmr1xSEhl4Q/s1600-h/cinema3.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg6bIAoAtwQn4E1p0vDhcURvyg7_ig_2CDxXU6ZdDzznFYlS1kA-VrbH-zTfIrkp66tOupIrBVjgl9Vk72NqtSS4Hcchba3ppMgWaFxERUIaZtDffYxlNZa10r8imqkmr1xSEhl4Q/s200/cinema3.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5181301732242693554" /></a><br />"Não estou lá", o filme sobre a(s) vida(s) de Bob Dylan é imperdível: pra quem é fã do cara e/ou gosta de cinema. Acho quase impossível alguém gostar mais ou menos do longa: é pra aplaudir de pé ou pra sair correndo da sala. Eu fiquei com a primeira opção, dando vivas à ousadia do diretor - Todd Haynes -, que foi tão radical quanto Dylan. Ele sacou que a história do cantor não é linear, seria difícil contá-la da maneira tradicional. Então, dividiu a vida de Dylan em vários pedaços e delegou a tarefa de interpretá-los a seis atores (um deles, uma atriz, a espetacular Cate Blanchett). Do mosaico, de uma montagem aparentemente - e só aparentemente - caótica, surge a figura multifacetada do cantor. De quebra, tem talvez a melhor cena de sexo dos últimos anos. Cena que frustrará <em>voyeurs</em>: "Pô, não mostra nada!", reclamarão. Pois: não mostra, mas revela.Fernando Molicahttp://www.blogger.com/profile/00809284822671189498noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-28464503.post-75724999355413121502008-03-23T12:53:00.002-03:002008-03-23T13:07:19.471-03:00A língua de George 2Um amigo, rápido no pensamento e no teclado, fez uma observação importante (ver comentário no post anterior). Nem todo mundo que tem/porta/vive o/com o HIV tem a doença aids. Nesse caso, ele argumenta com razão, não é absurdo dizer que a pessoa "vive com o HIV" - ou seja a pessoa não é doente, apenas tem/porta um vírus que pode causá-la. OK, mas existe também a expressão "vivendo com HIV/Aids" - que pressupõe a existência da doença. Não se diz que a pessoa "tem Aids". Mas, ao mesmo tempo, ninguém diz que fulano "vive com câncer", mas que ele "tem câncer". Como também é mais comum se dizer que a pessoa é diabética ou tem diabetes.<br />Cada um que escolha a melhor forma de nominar sua condição de vida: a aids trouxe, além da doença, uma série de preconceitos que ainda precisam ser combatidos. A minha dúvida é se o recurso a palavras supostamente menos agressivas também não contribui para - num efeito oposto ao desejado - aumentar o preconceito. E, um último comentário: acho redundante falar que a pessoa está "vivendo com HIV/Aids" - afinal, ela está viva.Fernando Molicahttp://www.blogger.com/profile/00809284822671189498noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-28464503.post-57704835095148545342008-03-23T11:44:00.006-03:002008-03-23T12:26:38.549-03:00A língua de GeorgeA onda do politicamente correto tem lá seu valor: lançou um alerta sobre palavras e expressões que, além de definir algo, serviam para expor, alimentar e manter preconceitos. É bom ver, por exemplo, que verbos como "judiar" praticamente não são mais utilizados.<br />Mas o problema é quando a luta contra o estigma serve apenas para escamotear um problema - é como se a simples mudança do nome do problema fosse capaz de resolvê-lo. E aí, tome de eufemismos. Até entendo a luta contra a palavra "lepra" e a busca de sua substituição por hanseníase: afinal, a palavra vem carregada de um peso maldito desde, pelo menos, os textos bíblicos.<br />Compreendo também a importância de se evitar o termo "aidético", que chegou a ser utilizado no início da epidemia. Ter aids - ser, portanto, "aidético" - significava que o sujeito ia morrer logo ali adiante. Surgiu então a fórmula "portador do HIV", que logo caiu em desuso - é meio esquisito mesmo o sujeito <em>portar</em> um vírus.<br />Hoje, o correto é dizer que fulano "vive com HIV" - continuo achando estranho. As pessoas podem ter dengue, malária, câncer, cirrose. Mas não podem <em>ter</em> aids - elas <em>vivem</em> com o HIV. <br />A doença é séria demais para permitir brincadeiras em torno do "vivem com", mas, insisto: até que ponto a expressão eufemística não ajuda a alimentar o preconceito? O Cony volta e meia lembra que, nos anos 50, não se publicava a palavra câncer: a pessoa morria vítima de uma "insidiosa moléstia". Será que isso ajudava na busca do tratamento da doença? Tenho certeza que não.<br />Saindo das doenças: tornou-se meio moda evitar a palavra "favela" - o mais bonitinho seria falar "comunidade". Bem, condomínios ricos também podem, tecnicamente, ser chamados de comunidade. No caso de "comunidades pobres", não importa que as pessoas morem em péssimas condições, que seus filhos brinquem ao lado de valas negras, que convivam com bandidos armados - o problema é não falar a palavra favela. Eis aí uma ótima saída para as autoridades: dizer que em sua cidade não há mais favelas, mas "comunidades".<br />A palavra prostituta também saiu de moda: fala-se em profissioais do sexo ou em garotas de programa. Qual a razão disso? Diminuir o preconceito? Talvez. Mas, na prática, isso só revela a hipocrisia de quem prefere varrer problemas para debaixo dos tapetes. No caso, uma sociedade que, pelo jeito, começa a se orgulhar de exportar esse tipo de mão(ôps!)-de-obra qualificada. Não exportamos prostitutas, mas profissionais do sexo. É como não falar em recessão, mas em "crescimento negativo". Isso tudo cheira a aplicação da tal da "novilíngua", a citada pelo George Orwell em seu assustador "1984".Fernando Molicahttp://www.blogger.com/profile/00809284822671189498noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-28464503.post-42078383275320065352008-03-20T13:50:00.004-03:002008-03-20T14:34:31.087-03:00Livros de chuteirasSom na caixa! Sabe aquela musiquinha que tocava nas transmissões do Canal 100 - a "Na cadência do samba", de Luiz Bandeira, mais conhecida como "Que bonito é..."? Pois. Finja que ela está tocando, ouça o som da torcida e aplauda a entrada em campo dos 16 participantes da segunda edição da Copa de Literatura Brasileira:<br /><br /><em>Que bonito é<br />Ver um samba no terreiro<br />Assistir a um batuqueiro<br />Numa roda improvisar</em><br /><br />Organizada pelo cartola Lucas Murtinho, a competição, bem interessante, é inspirada no <em>Tounament of Books</em>, criado pela revista eletrônica americana <em>The Morning News</em> em parceria com a livraria Powell’s. Em suma: 16 livros disputam a Copa em quatro rodadas. Na primeira, cada participante enfrenta um outro: o encarregado de <em>apitar</em> o jogo - um crítico, um blogueiro interessado em literatura - dá o resultado. Ele é obrigado a dizer por que escolheu A e não B. O mata-mata prossegue até a grande final, quando todos os árbitros podem votar no campeão. <br />Acompanhei os jogos do ano passado - e foram muito legais. Obrigados a escolher um vencedor, os jurados, de um modo geral, fizeram leituras detalhadas de cada livro. Qualidades e defeitos foram esmiuçados e apresentados em longas resenhas. Ao contrário do que ocorre nos demais prêmios literários, nesta Copa os resultados têm que ser justificados. Claro que não dá pra concordar com tudo, houve impedimentos mal marcados, pênaltis duvidosos, cartões vermelhos desnecessários, casos de doping não comprovados. Mas, pelo menos, dá pra saber por que A derrotou B.<br />A primeira edição da Copa - vencida por "Música perdida", de Luiz Antonio Assis Brasil (LP&M) - injetou um pouco de ânimo neste certo marasmo da literatura brasileira contemporânea. Alguns autores reclamaram do juiz, vaias pipocaram das arquibancadas, ocorreram zebras: aqui e ali, o tempo ameaçou fechar. Ou seja, durante a Copa tivemos a oportunidade de vivenciar algo raro, uma discussão ao mesmo tempo técnica e emocional sobre a literatura produzida hoje no país. Não se falava em outra coisa nos melhores botequins virtuais. E isso não é pouco - renova ânimos, desperta paixões, gera esperanças.<br />Mais detalhes, lá no estádio oficial do evento, o Maraca (ou Engenhão) da literatura brasileira: http://copadeliteratura.com (melhor copiar o endereço e jogar no navegador - não consigo, sou um incompetente, eu sei, criar um link que funcione). O primeiro jogo é <em>O amor não tem bons sentimentos</em> (Raimundo Carrero, Iluminuras) x <em>O sol se põe em São Paulo </em>(Bernardo Carvalho, Companhia das Letras). O jurado é o Rodrigo Gurgel.Fernando Molicahttp://www.blogger.com/profile/00809284822671189498noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-28464503.post-43183966900548483602008-03-18T12:11:00.011-03:002008-12-11T08:56:01.786-02:00A camisa do quaseJá sei, já sei. Um sujeito que se diz sério não deveria escrever uma baboseira como a que vem abaixo - pelo menos, não deveria escrever baboseiras conscientemente. Mas é que acabei de ler uma notícia no site do Globo Esporte sobre a decisão do Botafogo de não jogar os clássicos com o uniforme listrado - veja <a href="http://globoesporte.globo.com/ESP/Noticia/Futebol/Botafogo/0,,MUL353931-4399,00.html">aqui</a>. Boa notícia. Há duas semanas mandei para uma amiga, que trabalha no Botafogo, uma observação: que tal trocar o modelo da nossa camisa tradicional? Não sei se ela teve coragem de levar minha observação adiante, mas repito aqui meus argumentos. O problema é simples: o atual figuro subverte a tradição da camisa listrada. Algumas listras não cumprem seu destino retilíneo e, lá pertinho do calção, <strong>quase</strong> no limite da camisa, dão a volta, fazem uma curva, retornam ao ponto de partida, traem sua vocação. Veja aqui, ó:<br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhpnCZA-ZUlCqfTw8c6u3ZSHF-MMNi0ElJIUbdRysCLkdvGu5-zguxgxSCGmRcySJY0XpqSdqIrxEprqTHzK8PW_-d5ce4t0t6_NPpC-m2o46KNvhL2HhcmzABoTlkbPRPBCPxueA/s1600-h/Camisa+Botafogo.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhpnCZA-ZUlCqfTw8c6u3ZSHF-MMNi0ElJIUbdRysCLkdvGu5-zguxgxSCGmRcySJY0XpqSdqIrxEprqTHzK8PW_-d5ce4t0t6_NPpC-m2o46KNvhL2HhcmzABoTlkbPRPBCPxueA/s320/Camisa+Botafogo.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5179102010854785682" /></a><br /><br />Sei não, mas isso tem muito a ver com a trajetória do time em 2007 - e mesmo, neste início de 2008. No ano passado, <strong>quase</strong> conquistamos o título carioca (fomos roubados, mas perdemos o campeonato) e a Copa do Brasil (igualmente furtados): íamos bem no Brasileiro, tropeçamos na Sul-Americana, e desandamos de vez. A vaga na Libertadores também ficou no <strong>quase</strong>. Disputamos os jogos decisivos com a camisa que tem listras que voltam ao ponto de partida. Usamos o mesmo uniforme titular na decisão da Taça GB deste ano. Deu no que deu: com a camisa em que as listras <strong>quase</strong> chegam ao fim, ficamos no <strong>quase</strong>. Já no domingo passado, com a camisa preta, derrubamos um tabu.<br />Claro que vitórias e derrotas não têm a ver com camisas - só um idiota supersticioso pensaria isso. Mas, sei lá, tá regulando, né? Vamos então de preta ou de branca - enquanto não ajeitarmos a belíssima preta-e-branca. E, já que falei de camisas: tá na hora de proibir o Castillo de usar aquela que estampa uma estrela preta. Além de feia, de lembrar aquele fanfarrão frangueiro do ano passado (toc, toc, toc - que seja feliz em sua nova granja), a camisa briga com nosso símbolo: nossa estrela, a que nos conduz, é branca, caramba.Fernando Molicahttp://www.blogger.com/profile/00809284822671189498noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-28464503.post-2919602215009800852008-03-18T00:38:00.005-03:002008-03-18T11:47:42.866-03:00A temperatura de um diplomaO Brasil sempre nos surpreende - nem sempre para melhor, claro. Mas é quase sempre surpreendente. Na sexta passada eu tentei fazer aqui uma ligação entre a vida falsa desejada pelo menino que pediu um par de "chinelos de marca" - para tentar fingir que era rico - com a má qualidade da educação pública no país. Uma educação que fornecia diplomas verdadeiros, mas que se revelavam falsos - atestavam um conhecimento não-adquirido pela maioria de seus possuidores. <br />Enfim, tentei ligar o Estado que distribui uma falsidade com o menino que - de tanto receber expectativas falsas - assume que só poderá sair da pobreza de maneira ilusória e temporária, pela posse e uso de um bem (um par de chinelos...) que considera símbolo de alguma riqueza.<br />Depois é que notei que não precisava ter tentado elaborar tanto: naquele mesmo dia, a Polícia Federal desarticulou uma quadrilha especializada em vender diplomas falsos. Diplomas de instituições sérias que eram comercializados por um bom preço. Se os caras vendiam é porque tinha gente comprando - um diplominha que poderia garantir uma promoção, um empreguinho melhor. Para os clientes, trata-se de um crime menor: duvido que ocultassem isso de amigos, parentes ou vizinhos. Seriam capazes até de enquadrar e pendurar o papel na sala de casa.<br />Enfim, a escolha é, portanto, do cliente: o que é melhor? Diploma quente de uma escola fria ou diploma frio de escola/universidade quente? <br /><br />É escandaloso comprar diplomas falsos? E o que dizer das centenas (milhares? É só procurar no Google) de pessoas que elaboram e vendem trabalhos de conclusão de curso, dissertações e teses? E o que dizer dos que compram os tais produtos?Fernando Molicahttp://www.blogger.com/profile/00809284822671189498noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-28464503.post-37865245639429572792008-03-16T14:10:00.007-03:002008-12-11T08:56:01.958-02:00"De cabeça baixa"<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgCOdt_tGogmwotWCtQ-GIMwMyok3eKeHeTm2vikMWK0bXgMcK-L7VN-Zxb2U1iy9K7KjTl2jvx3yPlQAcCVQmMqIH-LIn8ZIDKKcDtJ97ukYTPk-HnOrOcR5vlqoZaGizoJTAC3A/s1600-h/DeCabecaBaixaFRENTE.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgCOdt_tGogmwotWCtQ-GIMwMyok3eKeHeTm2vikMWK0bXgMcK-L7VN-Zxb2U1iy9K7KjTl2jvx3yPlQAcCVQmMqIH-LIn8ZIDKKcDtJ97ukYTPk-HnOrOcR5vlqoZaGizoJTAC3A/s200/DeCabecaBaixaFRENTE.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5178782409453388418" /></a><br />Costumo dizer, brincando, que escrever um livro é até fácil (não é não, claro), o complicado, o difícil, é lançá-lo. É definir local e forma de lançamento, preparar a lista de convidados (e tome de catar e transcrever endereços completos - com CEP! - de amigos, parentes, conhecidos), combinar com a editora como fazer a divulgação. Depois, ainda torcer para que o livro, mais um na atual incrível avalanche de lançamentos, não seja apenas mais um. Que ele consiga colocar o pescoço pra fora, seja lido, comentado e, se possível, elogiado.<br />Isso tudo num mercado voraz, de muitas editoras, poucas livrarias e raros leitores. Os livros deixam de ser novidade em muito pouco tempo, são submetidos a um revezamento quase cruel nos espaços mais nobres nas livrarias. Ficam ali expostos por duas, três semanas - e, se não venderem bem, passam rapidinho para o anominato das estantes. Isso, muitas vezes antes de a primeira resenha ser publicada. <br />Enfim, na luta, vale buscar formas alternativas de se buscar alguma divulgação para algo tão particular quanto um livro. E o novo amigo Flávio Izhaki, conseguiu armar um esquema bem interessante para trabalhar seu primeiro romance, "De cabeça baixa" (editora Guarda-chuva). Fez um blog só para o livro - <a href="http://decabecabaixa.wordpress.com">blog</a> - e ainda produziu um trailer (isso mesmo, como no caso de filmes). O trailer, bem legal, pode ser visto lá no blog. <br />O engraçado é que o Flávio, além de cuidar do seu próprio rebento, ainda tem que ninar livros alheios, como o meu próximo - ele trabalha na editora Record. Em comum, temos a mesma capista, a ótima Mariana Newlands. Ah, o livro do Flávio será lançado no próximo dia 25, na Argumento, aqui no Rio.Fernando Molicahttp://www.blogger.com/profile/00809284822671189498noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-28464503.post-74773937437289423602008-03-14T22:24:00.008-03:002008-03-14T22:50:23.396-03:00Chinelos de marca<em>Maria Augusta conta que, durante a produção, um menino lhe pediu R$ 50 para comprar um "chinelo de marca". "Perguntei por que queria tanto aquele, e ele retrucou: 'A gente não tem nada, vive numa favela, nem isso pode ter?'. Há, portanto, a percepção da injustiça social. Só que ao mesmo tempo eles compram a imagem do outro, o sonho que jamais poderão realizar", salienta.</em><br /><br />O trecho aí de cima foi tirado de matéria do amigo Marcelo Moutinho (<a href="http://">www.marcelomoutinho.com.br</a>) sobre o documentário "Juízo", de Maria Augusta Ramos. Bem legal a reflexão que ela faz - meninos pobres tentam "comprar a imagem do outro". Sabem que não serão como eles, como os ricos, os maurícios. Mas podem fingir que são um deles.<br />O texto no blog do Moutinho foi colocado no mesmo dia em que a <em>Folha </em> e o <em>Estadão </em> abriram espaços para mostrar a incompetência do sistema público de ensino de São Paulo, o estado mais rico da federação. Os números são assustadores, reforçam o que se sabia: a maioria daquelas escolas cumpre mais ou menos o papel do tal "chinelo de marca". Elas apenas vendem a imagem de que são escolas: o diploma de ensino médio de uma delas atesta o mesmo que um outro, de uma das escolas da elite paulista. Na prática sabemos que não é assim.<br />Mas o que importa é a aparência: um diploma que finge ser um diploma igual ao diploma dos ricos. Um fingimento que rouba sonhos, impede que a esperança prospere. Pra que estudar se este estudo não vai permitir um acesso a uma vida melhor? Então, vamos todos fingir: o Estado dá uma educação fingida, que é coroada com um diploma que não é diploma. Algo que não vai permitir ao formando elementos para tentar ser um "outro". Que ele se contente então em fingir que é um outro, com o tal par de chinelos de marca. Isso, numa sociedade consumista como a nossa, tende a não dar certo. Já não está dando, né? <br /><br />Lembrei de uma outra história, ocorrida na casa de um outro amigo: uma empregada doméstica tentava convencer o filho adolescente a desistir de um pedido, um par de tênis de R$ 300/400. Lembrou que os filhos de seus patrões usavam tênis bem mais baratos, de R$ 100/120. O garoto respondeu algo como: "Pois é, mãe. Mas ninguém vai achar que os filhos do seu patrão são pobres, eles não precisam dos tênis caros."Fernando Molicahttp://www.blogger.com/profile/00809284822671189498noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-28464503.post-54714416524460781852008-03-12T11:52:00.009-03:002008-12-11T08:56:02.100-02:00"Juno" - onde os homens não têm vez<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjK6gAL1SXywVP-JiA0ltNGWQlPeWgGl7XWSjQJoQpDTWse8PMbvUMyKWxYZT3f00w8L9u9cUwrrEa4errsA4XcrBhvv7L8jE3ypQW9BIjyXSKgkWXUmze_Gsfb7-dyeDCwifIgiQ/s1600-h/juno3.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjK6gAL1SXywVP-JiA0ltNGWQlPeWgGl7XWSjQJoQpDTWse8PMbvUMyKWxYZT3f00w8L9u9cUwrrEa4errsA4XcrBhvv7L8jE3ypQW9BIjyXSKgkWXUmze_Gsfb7-dyeDCwifIgiQ/s320/juno3.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5176876912852779618" /></a><br /><br />"Juno" é um filme bonito, sensível, emocionante. O roteiro, vencedor do Oscar, foi escrito por uma mulher (Diablo Cody), o que ajuda a entender a delicada abordagem do tema e, principalmente, o ponto de vista feminino da história - uma jovem, Juno (Ellen Page), de 16 anos, que engravida e decide entregar o bebê para adoção. Os diálogos são inteligentes, ágeis; as soluções dramáticas fogem do previsível. Tudo colabora para enaltecer a lógica de Juno, uma garota encantadora, inteligente, decidida, nada óbvia. Até aí, ótimo. Se eu fosse adolescente seria capaz de me apaixonar por aquela menina.<br />Mas, horas depois de ver o filme, saquei algo meio incômodo. Para enaltecer Juno, o filme arrasa com os homens. Desde o início fica claro que a transa com um colega de turma que originou a gravidez foi iniciativa de Juno; é ela que decide abortar - vai sozinha para a clínica -, é ela que desiste de interromper a gravidez. É a super e bem-resolvida Juno que decide entregar o bebê para adoção, é ela que toma todas as decisões - inclusive as relacionadas com uma eventual retomada do namoro com Bleeker (Michael Cera). Este, não apita nada, não reclama de nenhuma decisão da moça, não demonstra o menor interesse no futuro do filho que, apesar de estar provisoriamente abrigado no corpo de Juno, é também dele: contribuiu, afinal, com 50% daquela empreitada. O lourinho boa gente só sabe correr, comer balinhas e, claro, por uma única vez, a Juno. Parece até que mandou bem, mas esta é outra história.<br />Mark (Jason Bateman), o homem do casal escolhido para ficar com o bebê, revela-se outro portador de grandes nádegas. Um sujeito dominado pela mulher que, ao conhecer Juno, tem uma espécie de recaída adolescente e passa a lamentar a vida que deixou de ter. E, ainda por cima, vacila num momento-chave do filme, demonstrando insegurança na hora de dar um grande passo do casal. A mulher dele, Vanessa (Jennifer Garner) revela-se mais, digamos, adulta. Já o pai da Juno é um bom sujeito, um cara que sabe segurar a onda da filha, cumpre o papel esperado na trama do filme. Em "Juno", homem legal é o que não passa de um coadjuvante, "escada" para as aventuras do personagem principal. Como o pai e, de certa forma, Bleeker.<br />No fim das contas, lembrei ter lido há pouco tempo que cientistas britânicos afirmaram ter criado espermatozóides a partir de células-tronco da medula óssea feminina. Ou seja, se o negócio vingar, nem pra isso serviremos mais. Pelo visto - e, moças, por favor, compreendam o machismo final apenas como um uivo ressentido de quem se vê meio sem perspectivas no futuro - só serviremos mesmo para manobrar carros. Isso, enquanto não vierem aqueles que têm movimentos nas rodas traseiras, que transformam o estacionar numa brincadeira de crianças.Fernando Molicahttp://www.blogger.com/profile/00809284822671189498noreply@blogger.com13tag:blogger.com,1999:blog-28464503.post-46310471898754427352008-03-10T13:46:00.003-03:002008-03-10T13:51:36.091-03:00Páginas amarelas<span style="color:#ffff00;">O Globo, 20/10/1991<br /><strong><br />O balão de quem manda</strong><br /><br /><em>FERNANDO MOLlCA</em></span><a href="http://fws.uol.com.br/univtool.map"></a><br /><br /><br /><span style="color:#ffff00;">Passava das 23 horas do último domingo quando começou o espocar de fogos e tiros. No céu, o motivo da festa: um balão que trazia dependurada a inscrição "Da 12". Da 12, Gilson da 12, varejista de drogas, dono dos morros do Andaraí e Divinéia, morto pela Polícia Federal há dois meses. Morreu na Baixada, foi velado no morro do Andaraf, na quadra do bloco Flor da Mina. Os jornalistas - a exemplo do que ocorre em velórios de algumas celebridades - não puderam entrar.<br />O comércio da área foi obrigado a fechar, numa manifestação de luto compulsório. No dia seguinte, outra manifestação de poder: crianças do morro foram colocadas à frente do cortejo para impedir fotos dos sócios de Gilson da 12. Não havia como evitar a presença de fotógrafos no enterro.<br />Tento fotografar o balão que leva a homenagem. Depois, corro para a câmara de vídeo, que, emprestada, passava uns dias lá em casa. O balão já está muito longe. Vou para a TV conferir o resultado. A fita mostra apenas um OVNI, um objeto voador não-identificado, cercado de riscos coloridos. Mas ficaram gravados os fogos, os tiros e os clarões que continuavam a surgir por entre as luzes do morro.<br />As imagens lembram outras, igualmente precárias, meio indefinidas e assustadoras. Aquelas, dos mísseis que cruzavam os céus do Iraque, Israel e Arábia Saudita durante a Guerra do Golfo. Novos estampidos fazem contraponto à minha CNN privé. Aqui, â guerra continua. Já estou, de novo, pra cá de Bagdá. De volta ao Grajaú.<br />Entro no quarto de meus filhos e, como dissera pela manhã Lisa Simpson (aquela de "Os Simpsons"), sinto um "arrepio ético". E se, o mais velho, de 4 anos, tivesse acordado e me perguntado o motivo da barulheira? Será que eu diria um "nada não, só uma festa para um bandido que morava aqui perto"? Ou será que teria mentido (algo como "mais uma festa pelo Dia das Crianças")? Bem, ele não acordou. As varandas e janelas que me cercam já retornaram para seus domingos. Quem não decifrou o enigma do "Da 12" deve estar até aliviado - foi só um balão, nada comparável com os tiroteios que costumam varar madrugadas.<br />Melhor também para os do morro - não houve troca de tiros, apenas uma barulheira danada que durou uns dez minutos. As crianças de lá devem ter acordado - as de 4 anos ou mais certamente já sabem quem foi Gilson, conviveram com ele. Muitas podem até ter trabalhado para ele. Todas devem ter ficado fascinadas com o espetáculo do balão.<br />Apesar das deficiências do ensino brasileiro, elas não devem ter tido nenhuma dificuldade para decifrar o "Da 12".<br />Essas crianças também devem saber quem é o número da vez. A numerologia de subsistência deve ser aprendida com presteza: ao contrário dos grandes atacadistas das drogas, estes, digamos, franqueados, costumam ter vida curta. Gilson morreu com 27 anos.<br />O território de Gilson da 12 era por ele mesmo chamado de "Cidade sem lei". A expressão revela orgulho, mas, ao mesmo tempo, apresenta um erro no diagnóstico. Existem leis por lá. Só que são outras, diferentes das que, pelo menos em tese, vigoram fora dos limites daqueles morros. Leis criadas sem necessidade de uma Constituinte, bastante claras e duradouras: resistem melhor à mudança de xerifes que as leis brasileiras às trocas de presidentes. Não é preciso sequer uma emendinha para modificar algo tão simples como um "quem manda aqui sou eu".<br />Enfim, foi só o barulho. Afronta por afronta, soltar balões também é ilegal. Mesmo que não homenageiem traficantes. Nada de muito grave, de anormal. Como os seqüestros, os assassinatos, os roubos de carros, cabelos, tênis, mochilas e cestas básicas. Como o extermínio de crianças e jovens. Há anos que dormimos com barulhos como esses.</span><a href="http://fws.uol.com.br/univtool.map"></a>Fernando Molicahttp://www.blogger.com/profile/00809284822671189498noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-28464503.post-34762501993434458232008-03-10T11:40:00.004-03:002008-03-10T11:45:44.116-03:00Resposta<em>Tu és time de fanfarrão, <br />Ganha metendo a mão. <br />Que papelão... <br />Eu nunca me calarei, <br />Onde estiver gritarei, <br />Pega ladrão.</em>Fernando Molicahttp://www.blogger.com/profile/00809284822671189498noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-28464503.post-84421426970084534622008-03-07T18:35:00.004-03:002008-03-07T18:49:26.248-03:00Exportação de genteO Itamaraty está certo ao partir para a retaliação no caso dos brasileiros barrados em Madri. É do jogo globalizado, um jogo esquisito que propõe a abertura de fronteiras para produtos e seu fechamento para seres humanos. Um jogo cruel e injusto, especialmente para países, como os das Américas, que receberam tantos e tantos italianos, portugueses, japoneses, alemães, espanhóis. Na época, eles é que precisavam sair de seus países em busca de uma vida melhor.<br />Mas, sei lá, dói o coração ver incontáveis brasileiros sendo obrigados a sair do país. É claro que o rigor nas fronteiras e nos aeroportos é diretamente proporcional ao aumento dos brazucas clandestinos no primeiro mundo (Ana Beatriz Marin publicou um post interessante em <a href="http://">http://oglobo.globo.com/blogs/barcelona/</a>). Lembro que há uns quatro anos li, em <em>O Globo</em>, a carta de um italiano escrita logo depois dele levar o neto ao aeroporto. O rapaz acabara de partir para a Europa, ia tentar a vida por lá. Fazia o percurso inverso do avô. A carta era triste, muito triste. Acho que cada um tem o direito de tentar a vida em qualquer lugar, por qualquer motivo. Mas dá pena ver tanta gente indo embora. Não gosto de ver o Brasil como exportador de gente: dentistas, putas, jogadores de futebol, cientistas, tanto faz. Era melhor quando recebíamos os imigrantes - sinal de que o sonho era viável por aqui.Fernando Molicahttp://www.blogger.com/profile/00809284822671189498noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-28464503.post-55442488565636350102008-03-06T14:32:00.003-03:002008-03-06T14:35:27.061-03:00RetaliaçãoPra equilibrar o jogo com a Espanha, que insiste em barrar brasileiros, que tal devolvermos o Chico Recarey e aqueles espanhóis donos do Bateau Mouche? Vingança, vingança!Fernando Molicahttp://www.blogger.com/profile/00809284822671189498noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-28464503.post-90161705830763108842008-03-05T21:22:00.006-03:002008-12-11T08:56:02.364-02:00A Varig e o peru do Di CavalcantiO quadro que ilustra este post, de autoria do Di Cavalcanti, fazia parte do acervo da antiga Varig e acabou sendo leiloado para pagar parte das dívidas da empresa. A Varig, em seus tempos áureos, tinha pedido ao Di para pintar um quadro para decorar sua loja em Lima, algo que tivesse elementos locais. O Di mandou o quadro com duas baianas em Salvador. O cara da Varig achou bonito, interessante, mas... e a chamada cor local, a referência ao Peru? O pintor então resolveu o problema. "Ah, é isso que vocês querem?" - perguntou. Pegou o quadro, armou-se com pincel e tintas, e pintou um peru logo abaixo das baianas.<br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgApnwj8q1lWRmw53WAMTFQF3rbaYpN7mdVZNG1k0kziVvJy0WEVq-6vcJ6kcfvzbckcDp8610CjVusSnL5cQLEe1X7av5sbQ_vJ9aDHYlb2HTf4a5IKBeL6pHt2_IEZ6JJmwElpg/s1600-h/112_1453-baianas.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgApnwj8q1lWRmw53WAMTFQF3rbaYpN7mdVZNG1k0kziVvJy0WEVq-6vcJ6kcfvzbckcDp8610CjVusSnL5cQLEe1X7av5sbQ_vJ9aDHYlb2HTf4a5IKBeL6pHt2_IEZ6JJmwElpg/s320/112_1453-baianas.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5174418792990389378" /></a>Fernando Molicahttp://www.blogger.com/profile/00809284822671189498noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-28464503.post-54340324959733077462008-03-05T21:13:00.003-03:002008-03-05T21:21:15.910-03:00A Varig e o Roberto CamposO ex-deputado Roberto Campos - que, pelo menos, tinha bom humor -, dizia que o Brasil era um país tão esquisito que, enquanto o comunismo definhava no mundo inteiro, por aqui havia três partidos comunistas (hoje são apenas dois). Não faz muito tempo, a Varig estava para acabar, ficou um tempão na UTI. Mas foi vendida, e, depois, revendida para a Gol. E, agora, a velha Varig - a que ficou com as dívidas -vai renascer, com o nome meio esquisito de Flex. Uma empresa modesta, que vai começar apenas com um avião. Mas vai voltar. Ou seja, tudo indicava que não haveria mais nenhuma Varig, mas haverá duas. Imagina a confusão pra explicar isso tudo pros credores lá fora.<br />Vida longa para as duas.Fernando Molicahttp://www.blogger.com/profile/00809284822671189498noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-28464503.post-15226971010519054752008-03-03T13:25:00.006-03:002008-03-04T13:30:01.443-03:00O menino no sinalA cena foi talvez lírica, talvez mais uma simples demonstração de miséria - ou as duas coisas, sei lá. Ocorreu na semana passada, no sinal que dá acesso à Radial Oeste, ali bem perto da UERJ. Um menino de dez anos - ou onze, ou doze, ou treze -, magro, sujo, descalço, esperou o sinal fechar para colocar-se diante da fila de carros. Em seguida, ensaiou o gesto de quem iria começar a fazer malabarismos com bolinhas de tênis. E iniciou a apresentação. Até aí, nada demais. O curioso é que não havia bolas. O menino mantinha o olhar no alto, movimentava alternadamente os braços, procurava equilibrar as bolinhas virtuais. Fazia isso muito sério: não sorria, não brincava com a situação um tanto quanto inusitada que promovia naquele início da tarde. Em troca do espetáculo, recebeu moedas tão virtuais quanto as suas bolinhas de tênis. Ninguém lhe estendeu um trocado sequer. Sinal aberto, ele sentou-se no canteiro com o mesmo ar triste. Eu já engatava uma segunda no momento em que passei por ele, pelo garoto que, ao protagonizar um espetáculo um tanto quanto patético, conseguiu ao menos chamar minha atenção para algo que já se tornou rotina: a presença de meninas e meninos, em horário escolar, pedindo dinheiro nos sinais. Ao engatar a terceira, lembrei o quanto isso é absurdo.Fernando Molicahttp://www.blogger.com/profile/00809284822671189498noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-28464503.post-1673072949354066352008-03-01T16:50:00.004-03:002008-12-11T08:56:03.129-02:00Parabéns pra você<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3bbjuFC-beLcZ-laIba-uEteMZY2vUV1ebD4ti-bXxpaVSTajPrhO5yhhvQa-8Fo6hwdDgBW_Gg7N-uqy0H4Uvl248g-mY8kNyHuTR6iPzpYcBGhLQr-5MQeeb1K5u7Y6uKZMFQ/s1600-h/corcovado6.JPG"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3bbjuFC-beLcZ-laIba-uEteMZY2vUV1ebD4ti-bXxpaVSTajPrhO5yhhvQa-8Fo6hwdDgBW_Gg7N-uqy0H4Uvl248g-mY8kNyHuTR6iPzpYcBGhLQr-5MQeeb1K5u7Y6uKZMFQ/s320/corcovado6.JPG" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5172948277093934290" /></a><br /><br />Berço do samba e das lindas canções<br />Que vivem n’alma da gente<br />És o altar dos nossos corações<br />Que cantam alegremente<br />(<em>Cidade Maravilhosa</em>, André Filho)<br /><br />Minha alma canta<br />Vejo o Rio de Janeiro<br />(<em>Samba do avião</em>, Tom Jobim)<br /><br />Rio de Janeiro, gosto de você<br />Gosto de quem gosta<br />Deste céu, deste mar, desta gente feliz<br />(<em>Valsa de uma cidade</em>, Antônio Maria e Ismael Neto)<br /><br />O Rio de Janeiro continua lindo<br />O Rio de Janeiro continua sendo<br />(<em>Aquele abraço</em>, Gilberto Gil)<br /><br />Rio 40 graus<br />Cidade maravilha<br />Purgatório da beleza<br />E do caos...<br />(<em>Rio 40 graus</em>, Fernanda Abreu)<br /><br />O poente na espinha<br />Das tuas montanhas<br />Quase arromba a retina<br />De quem vê<br />(<em>Carioca</em>, Chico Buarque)<br /><br />Brasil!<br />Tira as flechas do peito do meu Padroeiro<br />Que São Sebastião do Rio de Janeiro<br />Ainda pode se salvar!<br />(<em>Saudades da Guanabara</em>, Moacyr Luz, Aldir Blanc e Paulo César Pinheiro) <br /><br /><br /><strong>Cidade maravilhosa<br />Cheia de encantos mil<br />Cidade maravilhosa<br />Coração do meu Brasil</strong>Fernando Molicahttp://www.blogger.com/profile/00809284822671189498noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-28464503.post-1364809699434798762008-02-29T09:30:00.004-03:002008-12-11T08:56:03.302-02:00O Cid é alemão!Cientistas torraram uma grana e passaram horas e horas diante de computadores para reconstituir o rosto de Johann Sebastian Bach. Tudo isso para concluir que o genial compositor era a cara do Cid Benjamin. <br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEipzBj2sXauutGtT4qHT6qDTsTkDLwN7S-N9Z6muuDRxXCWvKivC_sXPTvi8x6tMxCpywxkc5OamNkfm2NFlFRi0HFU50r_TE-KcV3_UgXPQWYt4k8tnWvlOPBOqgoRra2pf87bzw/s1600-h/cid.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEipzBj2sXauutGtT4qHT6qDTsTkDLwN7S-N9Z6muuDRxXCWvKivC_sXPTvi8x6tMxCpywxkc5OamNkfm2NFlFRi0HFU50r_TE-KcV3_UgXPQWYt4k8tnWvlOPBOqgoRra2pf87bzw/s320/cid.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5172380856079557826" /></a>Fernando Molicahttp://www.blogger.com/profile/00809284822671189498noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-28464503.post-65987184567667547642008-02-29T09:03:00.004-03:002008-02-29T09:16:17.569-03:00Palavra de cardiologista<em>O amigo, botafoguense e grande cardiologista Marcelo Assad me mandou o texto abaixo, que também aborda o comportamento do Souza, atacante do Flamengo. Por falar nisso, boa a atitude do Kléber Leite, vice de futebol do Flamengo, de ligar para o Bebeto de Freitas, presidente do Botafogo. É hora de baixar a bola e impedir que a tensão - agravada pelo gesto irresponsável do Souza - complique ainda mais a relação entre as duas torcidas. Sensatez nunca é demais, né?<br />Por via das dúvidas, acho que vou passar a ficar ao lado do Marcelo nos jogos do Botafogo. Pode ser útil ter um cardiologista por perto...</em><br /><br />A cena patética e infeliz estampada na primeira página do Globo, retrata a irresponsabilidade, ausência de profissionalismo e respeito,de um pseudo "profissional" da arte da bola. Não podemos esperar que o Souza tenha a percepção e a sensibilidade para captar as consequências de sua grosseira e infantil atitude, muito própria dos campos de várzea ou do aterro do flamengo. Esperamos que pessoas ligadas ao Flamengo, portadoras de maior discernimento e entendimento, possam orientar este rapaz, que vêm se protagonizando por agressões físicas e morais à colegas de profissão e a torcedores que contribuem para seu desproporcional e exagerado salário. Até admitimos que ele lance mão de artifícios para sobressair e aparecer, já que não será por sua qualidade ou capacidade profissional que alcançará êxito nesta empreitada. Reflitamos se algum craque do passado como: Nilton Santos, Garrincha, Pelé, Tostão, Gérson, Zico, Falcão ou Roberto Dinamite agiram em algum momento com tamanha imbecilidade. O que nos conforta é ter a certeza que jogadores assim, não representam nada e que num curto espaço de tempo, ninguém mais se lembrará deste nome.A rivalidade entre os clubes sempre existiu e sempre existirá, mas que se mantenha no patamar do amor, da torcida ao seu clube e que não tenha a contribuição dos profissionais para que a violência e a insensatez imperem. <br /><br />Marcelo Assad<br />Rio de JaneiroFernando Molicahttp://www.blogger.com/profile/00809284822671189498noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-28464503.post-27866614156309807292008-02-28T20:32:00.003-03:002008-02-28T20:39:52.936-03:00Horário da luaMudando de assunto: o release da Prefeitura do Rio já é meio velhinho, mas vale reproduzi-lo aqui. Trata da programação do Planetário para o eclipse ocorrido agora, em fevereiro. Na pressa, o coleguinha que o redigiu, escorregou ao acentuar a palavra "nu" - isso passa. O mais curioso é o horário em que, segundo o comunicado, o eclipse atingiria seu ápice: <strong>24h46</strong> - ou catorze minutos para as vinte e cinco horas. O tal do eclipse mexeu tanto com o nosso planeta que acabou gerando um dia de 25 horas. O pior é que o release - que pode ser lido em <a href="http://">http://www.rio.rj.gov.br/pcrj/verao2008/</a> - foi reproduzido em vários sites, com o tal horário de 24h46. É só fazer uma busca no Google.<br /><br /><em>Planetário distribui senhas para ver eclipse total da lua na quarta-feira<br /><br />Depois de amanhã, quarta-feira, o eclipse total da lua poderá ser acompanhado pelos interessados, no Planetário da Cidade, na Gávea, que distribuirá gratuitamente 260 senhas aos vistantes a partir das 22h.<br /><br />O início do eclipse, que também poderá ser visto a olho nú, está previsto para 22h43 e atingirá seu ápice à </em>(ôps!) <em><strong>24h26</strong>, terminando às 2h09 da madrugada de quinta-feira.<br /><br />Com sede na Rua Vice-Governador Rubens Berardo, 100, a Fundação Planetário do Rio de Janeiro dispõe de quatro telescópios modernos em cúpulas de observação com aberturas em forma de fenda que podem localizar até 64 mil objetos no céu. Mais informações podem ser obtifdas pelao telefone 2274-0046.<br /><br />Postado em 18 de fevereiro de 2008.</em>Fernando Molicahttp://www.blogger.com/profile/00809284822671189498noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-28464503.post-47929521916596600782008-02-28T12:53:00.001-03:002008-02-28T12:53:24.769-03:00O gesto do Souza e o ministro do ChicoA nova letra que a torcida do Flamengo fez para a "Ninguém cala..." é, admito, engraçada. Melhor isso do que dizer que vai matar, trucidar. Sacanear a torcida adversária faz parte do jogo, da brincadeira - assim como reclamar do juiz. A sátira lembra aquela outra, sobre o pior ataque do mundo, feita há tempos pela torcida do Vasco.<br />Mas fiquei preocupado quando, ontem à noite, vi pela internet que o Souza fingiu que chorava ao comemorar o gol que fez contra o tal do Cienciano. Uma outra ironia com a reação dos jogadores, técnico e presidente do Botafogo depois do jogo de domingo. Torcida é torcida, mas o Souza... O cara volta e meia comemora gols fazendo, com as mãos, o gesto de quem dispara uma arma - negócio meio complicado pra quem vive numa cidade violenta como a nossa. Soube há pouco, por um amigo flamenguista, que volta e meia o mesmo jogador faz outro gesto, cruza os punhos cerrados sobre a cabeça - algo que remeteria para um outro tipo de organização, daquelas que disputam territórios em morros cariocas. Céus!<br />No domingo, o Souza começou toda aquela desnecessária confusão depois do primeiro gol do Flamengo - o empate não era bom pro Botafogo, não haveria porque seus jogadores retardarem o reinício da partida. O Souza não precisava ir lá disputar a bola com o Castillo. Agora, o sujeito sacaneia todo o Botafogo - jogadores, dirigentes, técnicos e, mesmo, torcedores. Sacaneia colegas de trabalho, incita a torcida, acirra ânimos. Espero que isso não renda mais confusão. Mas, do jeito que as coisas andam - lembremos que um torcedor do Botafogo foi morto depois do jogo de domingo -, tende a dar merda. Faltou à diretoria do Flamengo um diretor do "Vai dar merda", um equivalente clubístico ao ministério que o Chico Buarque sugeriu ao governo federal. Alguém que, há algum tempo, tivesse dado uma bronca no Souza. O problema é que, de um modo geral, dirigente adora qualquer gesto que o identifique com a torcida. Mesmo que isso causa problemas lá na frente, que coloque ainda mais em risco a vida dos que se dispõem a ver jogos no Maracanã. <br />Acho que os dirigentes do Botafogo e do Flamengo poderiam tentar dar um jeito de diminuir esta tensão, os dois times vão se enfrentar em breve, na disputa pela Taça Rio. O Botafogo reclamou do juiz, mas sequer insinuou participação da diretoria do Flamengo numa suposta armação - isso abre caminho para um entendimento. Repito o que já andei dizendo em comentários anteriores: muitos e muitos torcedores deixam de ir ao Maracanã quando seus times enfrentam o Flamengo. Não por medo de perder, mas por medo de apanhar. A torcida do Flamengo não detém o monopólio da estupidez nem da violência (nisso, todas as organizadas tradicionais se equivalem), mas, por ser muito maior que as outras, tem exercitado mais essas, digamos, características. Enfim, cabe aos dirigentes - e também a nós, jornalistas - contribuírem para segurar as pontas. A irresponsabilidade de um jogador não pode colaborar para o aumento de uma já assustadora violência nos estádios e em volta deles.Fernando Molicahttp://www.blogger.com/profile/00809284822671189498noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-28464503.post-77971493565074180582008-02-26T14:14:00.004-03:002008-02-26T14:21:58.208-03:00Chororô rubro-negro (pra não dizer que só nosostros reclamamos - e pra encerrar logo esse assunto)1. 09/05/07<br /><strong>Renato: 'Esse juiz é uma m...'<br />Autor de dois gols, camisa 11 reclama da atuação do árbitro argentino no Maracanã</strong><br /> <br />Márcio Iannacca - Do GLOBOESPORTE.COM, no Rio de Janeiro<br /><br />O meia Renato, autor de dois gols na vitória do Flamengo por 2 a 0 sobre o Defensor, do Uruguai, pela Taça Libertadores, reclamou da atuação do árbitro argentino Héctor Baldassi. <strong>De acordo com o jogador, o juiz deixou de marcar algumas faltas e foi conivente com os atletas do time uruguaio, que retardavam o jogo a todo momento.</strong>No fim da partida, Renato correu em direção ao árbitro para reclamar de sua atuação. Contido pelos companheiros, o jogador desabafou:<br />- O time ficou 90 minutos em cima deles. Jogamos em cima e o nosso time se arriscou o tempo todo. O juiz amarrou o jogo. <strong>Esse juiz é uma m...</strong> - esbraveja Renato.<br /><br /><br />2. 10/05/2007 - <br /><br /><strong>Resultado serve para o Boca, diz Kléber<br />Dirigente xinga árbitro e diz que vai perseguir o argentino até o fim de sua vida</strong><br /> <br />Márcio Iannacca - Do GLOBOESPORTE.COM, no Rio de Janeiro<br /> <br />O vice-presidente de futebol do Flamengo, Kléber Leite, estava revoltado com a atuação do árbitro argentino Héctor Baldassi. O dirigente insinuou que o juiz conduziu a partida para que o Rubro-negro fosse eliminado e, no futuro, não cruzasse com o Boca Juniors. As duas equipes poderiam se enfrentar na semifinal da Taça Libertadores.<br />- Não sei se vai valer alguma coisa, mas quero que todos saibam o que esse juiz fez aqui. <strong>Ele é um ladrão, safado.</strong> O Boca Juniors tinha interesse nessa partida. Tenho um bom relacionamento com o pessoal da Conmebol e vamos fazer uma reclamação por escrito - diz Kléber.<br />O dirigente foi além e afirmou que vai perseguir Baldassi pelo resto da vida.<br /><strong><br />- Ele vai me aturar pelo resto de sua vida. Ele ganhou um inimigo na vida. Vou atrás dele até o fim - ameaça o dirigente rubro-negro</strong>.<br /><br /><br />3. <strong>"Nós fomos vítimas de um ladravaz"</strong><br /> <br />A frase é de Kléber Leite, vice-presidente do Flamengo, em entrevista também a Juca Kfouri. Ele se refere ao árbitro argentino da partida entre Flamengo e Defensor, pelas oitavas de final da Copa Libertadores. <strong>"Eu não tenho dúvida de que esse árbitro argentino veio ao Rio de Janeiro para armar o resultado"..."e beneficiar o Boca Juniors".</strong>Kléber afirma que o juíz fez o resultado do jogo e não admite a possibilidade de simples erros. Segundo ele, "há erros e erros, como o da nossa bandeirinha belíssima que se equivocou em dois lances dificílimos. Há outros que se equivocam também, até porque com essa tecnologia de hoje fica difícil competir".Fernando Molicahttp://www.blogger.com/profile/00809284822671189498noreply@blogger.com10