14 de dezembro de 2007

No canto da cabina

Tem alguém aí? Bem, eu estou aqui. De volta após quase um ano de ausência. Volto de cara nova - até com uma cara, aí à direita, ó. É uma foto da última Bienal do Livro, aqui no Rio. Bem, já que citei a Bienal, recomeço com o trecho de um livro. Uma frase tirada do belíssimo "Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra", do Mia Couto (ele esteve aqui na última Flip, participou de um debate com o Antônio Torres). A frase é tão bonita que deixei marcada a página onde ela está publicada, logo no início do livro: é a 18. Esse trecho do livro, editado pela Companhia das Letras, relata a volta do personagem principal para a ilha em que nascera, em Moçambique. O sujeito estava triste, angustiado, sem saber o que encontraria por lá - fora chamado para o enterro do avô. E o Mia Couto traduz esse sentimento com uma frase espetacular: "Entro na cabina do barco e sozinho-me num canto." Bonito pacas, né?

Enfim, ao som da prosa do Mia Couto tento recomeçar este blog, que volta de nome e cara novos. O nome é uma referência ao título do romance que lançarei em abril pela Record: "O ponto da partida". Que eu não fique sozinho, no blog e no livro.

3 comentários:

Marcelo Moutinho disse...

Muito bem, Seu Molica. Linkarei seu blog lá no Pentimento. Saudações tricilores!

Sergio Leo disse...

Faz sentido, deixar de lado o blogue depois de vê-lo usado para dar parabéns ao Botafogo...
(e não adianta retrucar que não entendo nada de futebol, nem sei a situação do seu time no campeonato, aliás nem sei se há campeonato, no momento).

Seja bem vindo de volta, Molica! Mas deixa de lado essa história de citar teecho de qualquer coisa; vivo tentado a fazer isso, mas me lenmbro de uma crônica arrasadora do Xico Sá (ou será de outro Chico?) sacaneando os trechinhos... e me reprimo.

Grande abarço!

Fernando Molica disse...

Obrigado pelas visitas, Moutinho e Sérgio.
Caríssimo Sérgio Léo, vou tentar seguir seu conselho (ou o do Xico, ou o do Chico?), mas não sei se conseguirei. Na dúvida, apelarei: citarei Sérgio Léo e Xico Sá (até porque num post anterior eu já citara o outro Chico).
Sobre o Botafogo: sempre darei parabéns, mesmo que não tenha razões para isso.
Abração.
Molica