14 de dezembro de 2007
Dialética dos "inhos"
Ao dar uma olhada no arquivo do antigo quase-blog vi um post sobre "inhos". Um post, acreditem, favorável aos "inhos" - aos "inhos" da seleção brasileira que então disputava a Copa da Alemanha: Juninho, Cicinho, Robinho. Hoje, falar em "inho" é falar naqueles policiais presos por supostas ligações com bicheiros. Bem, no post eu dizia: "Que venham os inhos." Que fique claro, eu tratava dos jogadores da seleção.
No canto da cabina
Tem alguém aí? Bem, eu estou aqui. De volta após quase um ano de ausência. Volto de cara nova - até com uma cara, aí à direita, ó. É uma foto da última Bienal do Livro, aqui no Rio. Bem, já que citei a Bienal, recomeço com o trecho de um livro. Uma frase tirada do belíssimo "Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra", do Mia Couto (ele esteve aqui na última Flip, participou de um debate com o Antônio Torres). A frase é tão bonita que deixei marcada a página onde ela está publicada, logo no início do livro: é a 18. Esse trecho do livro, editado pela Companhia das Letras, relata a volta do personagem principal para a ilha em que nascera, em Moçambique. O sujeito estava triste, angustiado, sem saber o que encontraria por lá - fora chamado para o enterro do avô. E o Mia Couto traduz esse sentimento com uma frase espetacular: "Entro na cabina do barco e sozinho-me num canto." Bonito pacas, né?
Enfim, ao som da prosa do Mia Couto tento recomeçar este blog, que volta de nome e cara novos. O nome é uma referência ao título do romance que lançarei em abril pela Record: "O ponto da partida". Que eu não fique sozinho, no blog e no livro.
Enfim, ao som da prosa do Mia Couto tento recomeçar este blog, que volta de nome e cara novos. O nome é uma referência ao título do romance que lançarei em abril pela Record: "O ponto da partida". Que eu não fique sozinho, no blog e no livro.
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